"Não se esqueçam que têm que ir com o Tá Fresquinho!"

Passado um mês e meio e depois de ouvir muitas histórias e ver algumas fotos, chegou a altura de ir ao Mussulo!

Acho que é dos poucos sítios que vi até agora em que posso dizer que já há alguma preocupação turística.

Mussulo é uma península que fica a 10 minutos de barco da costa de Luanda por isso, a primeira aventura foi chegar ao embarcadouro para apanhar as lanchas rápidas que fazem estas travessias.

Mal chegámos apareceram imensos miúdos, não se sabe bem de onde, que, supostamente eram capitães e nos queriam levar a conhecer as famosas praias do Mussulo.

Obviamente que tentámos falar com uma pessoa que parecesse minimamente de confiança e, tivemos imensa sorte, conhecemos o Tá Fresquinho (nome engraçado, não) que para além de se estar sempre a rir, conduzia a lancha como aqui em Luanda se conduzem os carros, sem ter muita noção de física...

Fomos para a zona do "Sabor Dourado", um empreendimento turístico com algumas dezenas de bungalows, um restaurante ao ar livre cheio de marisco e um sol radioso.

Isto só não é mesmo o paraíso porque, apesar das palmeiras que estão presentes em todos os metros quadrados que a mão do homem ainda não destruiu, existe muito lixo e alguns empreendimentos em degradação.

Agora falta conhecer a contra costa, as praias naturais e desertas do Mussulo. Essas sim, devem ser mesmo o paraíso!

Hamburger Miramar! (melhor que o H3?)

Hoje assistimos pela primeira vez à fúria das chuvas tropicais!

Isto não quer dizer que tenha chuvido muito mas, infelizmente como não há esgotos nem escoamentos, quando aqui chove a sério todas as estradas parecem uma grande piscina olímpica.

Por causa disso, tivemos alguns problemas na definição do sítio onde íamos almoçar (o Marginal fica mesmo numa das "piscinas mais fundas", eu quase que não tinha pé).

Inicialmente tínhamos pensado encomendar os famosos "hamburger miramar", já nos tinham falado muitas vezes mas que ainda não tínhamos tido o prazer de comer.

Depois de meia-dúzia de telefonemas falhados, porque o serviço não estava disponível devido a problemas técnicos causados pela chuva, decidimos deslocar-nos ao local.

Sinceramente imaginava que aquilo seria um restaurante mas, qual o meu espanto quanto chegámos lá e vejo uma roulotte (?????!!!).

É claro que aqui estou a ocultar alguns acidentes e a confusão de tráfego a que assistimos, mas isso já é recorrente, por isso já se ignora...

Em conclusão, o hamburger é enorme e consiste essencialmente em...molhos,muitos molhos!!! (se hoje não tomo Imodium, acho que não tomo mais!) Era bom, mas continua a não bater o do H3!

"O Josef hoje vai jiboiar, a reunião fica para amanhã!"

Há mais de um mês que estou em Angola e, pela primeira vez no blogue, gostava um pouco de falar da cultura de trabalho neste país e compará-la um bocado com a cultura portuguesa.

Desde do primeiro dia que a empatia existente entre nós e a equipa do cliente é excelente! Todos são muito prestáveis, nota-se imenso o desejo de aprender, nota-se imenso o orgulho na cultura angolana mas, essencialmente, nota-se alguma inércia ao trabalho!!!

Não sei se é do calor, se é de muitos anos em guerra, se é das largas filas de trânsito mas é um facto que as pessoas aqui tem um ritmo mmmmuuuuiiiiiiiittttoooooooo diferente do de Lisboa.

Em pouco tempo já assisti a algumas situações peculiares...já cheguei a um gabinete com a porta fechada porque o trabalhador estava a "descansar", já vi alguém, que foi acordado por um telefonema, atender um bocado estremunhado dizendo que estava a cochilar (a dormir uma sesta) e já ouvi ressonar!

Aqui o que não se tem vontade de fazer hoje, deixa-se para fazer amanhã e nota-se que, apesar de todas aas dificuldades, são um povo muito feliz! A cultura é mesmo diferente, é mesmo uma terapia para o stress...ou não, para quem tem prazos para cumprir!!!

Desmistificar o mito!

É prática comum nas empresas portuguesas, que estão a começar negócios em Angola, ter um discurso muito reticente e cauteloso relativamente aos perigos que iremos encontrar.

Há algumas até que incentivam a "cultura do medo" para garantir que os colaboradores não se aventuram a sair sem o seu motorista dos locais de trabalho, de lazer e da própria residência.

Posso-vos dizer que, felizmente, ainda não tive nenhum problema relacionado com roubos, abordagens, etc. Desde a semana passada que me "aventuro" a fazer coisas que normalmente faria em Portugal e até agora o resultado tem sido muito positivo e muito diferente de todo o tipo de discurso que já tinha ouvido de algumas pessoas com mais visitas a este país.

Espero que as coisas continuem como estão e que nunca tenha o azar de ter um precalço com algum Mbumbo indigente.

Mais importante que trabalhar em Angola é viver em Angola, torna-se complicado aguentar muito tempo cá se não se vier com esta filosofia!

Rui's Fest

Toda a gente diz que o mais bonito em Angola são as províncias. Mas para quem está a viver no centro de Luanda, é complicado andar todos os fins-de-semana a viajar e, por isso, tem que se entreter com a praia e noite, os hobbies favoritos dos residentes na capital.

Por isso sábado lá fui a mais uma festa em Luanda! Aqui há muito o conceito da "festa caseira". Um anfitrião oferece o espaço, os visitantes levam bebida, há sempre alguns que ouvem boa música e gostam de ser DJ's e pronto, arranja-se um grupo porreiro e a festa fica muito interessante!

Foi o que aconteceu, fomos à casa do Rui, que comemorava o seu segundo aniversário cá em Angola com mais 300 pessoas !!!!

Fiquei mesmo fã deste género de festas, não são muito hábito em Portugal mas, estar num ambiente mais acolhedor, com pessoas com gostos semelhantes e a só querer diversão é mesmo MUITO BOM!!!!

Elinga - Espaço Cultural

Ontem foi dia de conhecer um sítio novo.

A combinação bife de pimenta seguida de chillout é muito porreira mas o que é de mais é exagero, por isso ontem decidimos inovar.

Fomos jantar a um restaurante tipicamente "português" perto das Ingombotas que se chama "Trinca Espinhas", a comida era muito boa e, infelizmente não comi, mas dizem que a mousse de chocolate é mesmo divinal! O grande problema foi o tempo que demorámos lá, o que podia ser um jantar tranquilo e relaxado tornou-se uma espera penosa e um exercício de paciência...

Na generalidade, o serviço de atendimento em restaurantes é muito lleeeeeennnnntooooo aqui!

Vamos é falar das coisas interessantes. Ontem re-abriu um novo espaço perto da marginal, o Elinga. O conceito é giro, é um espaço cultural que expõe fotografia, música ao vivo, teatro, tem tertúlias, etc... É um sítio muito semelhante ao Braço de Prata em Lisboa ou ao Contagiarte no Porto, para quem conhece sabe que é giro!

A casa não estava cheia mas estava com imensa gente e, pela primeira vez, vi angolanos alternativos (com cabelo à Bob Marley, brincos, etc) e também...alguns panilas!!!

Nem sabia que já havia disso em Angola mas, pelos vistos, há mesmo em todo o lado!

Acertei!!! Finalmente um número!!!

Esta semana tem sido mesmo desinteressante...

Vejo acidentes graves mas já não acho escandaloso, saio à rua sem pôr repelente mas os mosquitos já não me ligam nenhuma e vou trocar dólares por kwanzas às kinguilas (aquelas senhoras que são bancos ambulantes) e é tudo perfeitamente natural!!!

Por isso decidi "apimentar" um bocado o meu serão e disse ao motorista que queria ir ao casino!!!

Lá veio ele com a sua mulher e fomos os 3 passear. Eles nunca tinham ido lá, por isso era uma experiência nova para todos, conhecer um casino em Angola!

Acho que nunca me senti tão familiar num sítio em Angola como aqui, os casinos são mesmo iguais em todo o lado!!!! Muitos chineses viciados, muitos tugas e os jogos de sempre, as slots machines, o blackjack, o poker e a...ROLETA!!!

"Nazaré, sabes jogar?! Vem cá, vais ver que é simples", as fichas aqui nem são muito caras, cada uma custa $1, por isso dei algumas fichas ao Nazaré, outras à mulher dele e lá fomos nós tentar a sorte...

Ao fim de algumas cervejas e tentativas furadas ACERTEI!!!!! Eu nunca tinha jogado directamente em números, mas as fichas que comprámos só permitiam isso...mesmo assim, com as probabilidades cada vez mais reduzidas porque as fichas iam desaparecendo, ACERTEI!!!

Foi preciso vir para Angola para acertar num número na roleta!!!!

"Rápido, não quero pagar 32000 kwanzas!"

Um dos grandes problemas de Luanda é a quantidade de carros que tem.

Esta cidade foi projectada para 500 mil pessoas mas, fruto dos conflitos que existiram, muita gente procurou refugio na capital e agora são mais de 5 milhões as pessoas que vivem aqui.

Como tal, há engarrafamentos a toda a hora e encontrar lugar para estacionar perto dos sítios onde se quer ir é quase tão difícil como acertar na chave do EuroMilhões.

Por isso, há imensa gente que estaciona em segunda fila. Embora aqui não haja EMEL, há polícias a fazerem o mesmo e o risco de uma multa ou de se ter o carro rebocado é grande.

Hoje a sorte calhou à minha colega de trabalho, telefonaram-lhe da esquadra a dizer que o carro tinha sido rebocado e que o tinha que ir buscar. Ela, sobressaltada, fala com outra colega a pedir boleia para o parque de carros confiscados, "Rápido, não quero pagar 32000 kwanzas!", dizia ela.

Bem, achei estranho o valor do reboque ser tão elevado mas descobri que isto não era o valor da multa (esse deve ser mesmo obsceno!) , isto era o valor da famosa "gasosa" que se tem que pagar ao polícia de trânsito para se livrar da multa.

O que é mesmo irónico é que o valor das multas é tão alto que os preços das "gasosas" já são tabelados!!!! TIA (This is Africa)

Ngueta canguinha

Há mais de 3000 km a separar Lisboa de Luanda, sente-se que o quotidiano é peculiar, que a mentalidade e a cultura são diferentes, mas sem dúvida que há uma coisa que nos une, a língua!

Acho que é uma das coisas mais impressionantes e que me faz ter orgulho da história do meu país. Estamos numa realidade diferente mas podemos falar como se num bairro de Alfama ou da Ribeira estivéssemos.

É claro que, fruto também da distância existem alguns dielectos e expressões características. É mesmo comum andarmos na rua e ouvirmos um "Não tem maca!", "Ali vai o pula", "Este ngueto quer funfar...", etc

Isto é kimbundo, o dielecto mais popular em Luanda!

A maioria das expressões ainda não percebo mas há uma que é comum e acho que é universal, o "ngueta é canguinha"! Tentei perceber o que é que isto queria dizer e confesso que não fiquei nada surpreendido, o "ngueta" (branco) é "canguinha" (agarrado)!

Se há coisa que o português tem fama e proveito é mesmo de ser um "mãos de vaca"!!!
Será que algum dia vamos conseguir passar uma imagem diferente noutros países? Já sabemos que é esta a nossa imagem em Espanha, Itália, Inglaterra e...

Em Angola?!?!?!?! Estranho, não é?

"Esta música é para dançarem com as vossas damas"

Das coisas que tenho gostado mais de Angola é da música, é sempre alegre, divertida, faz com que fiquemos com "good vibes" e pensemos só em férias :)

Existem principalmente dois estilos:

• O kuduro é um estilo mais introspéctivo, mais uma onda tipo electro, para dançar sozinho e curtir uma batida forte no "dia do homem"! ; e
• A Kizomba que é uma música mais para o casal, para o convívio, para uns amassos e uns bons momentos a dois!

Eu nunca fui muito de salsa e merengue, mas uma boa kizomba gosto de ouvir por isso hoje recomendaram-me a cantora do momento, Pérola!

Aqui fica um dos êxitos: http://www.youtube.com/watch?v=Jl15jdtK0xk

"40 dólares com selo?! Tchiiii, isso é muito barato!"

Hoje comemora-se o dia da independência em Angola e, como tal, o segundo feríado em duas semanas consecutivas (nada mau!!!).

Comemora-se o 34º aniversário da proclamação da independência pelo Alto Comissário e Governador Geral de Angola, almirante Leonel Cardoso, transferindo a soberania de Portugal para o Povo Angolano.

Isto para nós já não nos diz muito, mas ter um feríado a meio da semana é sempre uma dor de cabeça, "eh pá, e o que vamos fazer hoje? praia, piscina, mariscada, mercado do artesanato?!?!"
E lá fomos nós ao mercado, cultivarmo-nos um pouco.

O que é mais giro aqui é que, fruto da guerra ter acabado há pouco tempo, ainda não há o turismo em massas que existe noutros países africanos! Por isso as feiras não têm a diversidade de produtos que normalmente existem noutros mercados africanos mas também não têm o "artesanato" típico - ímans e afins...

No entanto, aqui também se regateia e, quando se vê um Português lá no meio, já se sabe que os preços são inflaccionados (põe inflaccionados nisso!!!).

Fizemos todos altos negócios, quadros que custavam 13000 Kwanzas comprámos por 6000, coláres de 6000 kwanzas comprámos por 2000, etc, etc. Nunca percebo porque é que mesmo conseguindo baixar tão significativamente os preços fico sempre com a sensação que estamos a ser aldrabados!

Se calhar foi por causa dos "selos de propriedade cultural de Angola" que necessitamos para sair do país com as obras. Não percebo como é que um selo postal pode custar quase tanto como a obra e, no minuto seguinte, quando digo que não levo nada porque não vou pagar tanto por um quadro, eles já mo oferecem gratuitamente! É estranho, não é?

Bem, vim para casa $40 mais pobre mas com uma Zungueira pintada em areia que vai ficar muito bem num apartamento algures em Lisboa!

África Minha

Não sei se tiveram oportunidade de ver o filme "África Minha", o filme retrata uma histórica verídica de uma mulher que dirige uma plantação de café com o seu marido no Quénia do início do século XX. Ela apercebe-se que, ao fim de algum tempo se começa a apaixonar pela terra, pelas suas gentes e...por um caçador branco!

Confesso que as paisagens que vi este fim-de-semana me fizeram lembrar o filme. Fui ao parque da Quissama na região do Bengo, a sul de Luanda e posso dizer que há muito tempo que não via paisagens tão bonitas! Õ rio kwanza envolvido por uma quantidade de árvores imensa é um cenário lindo para qualquer épico de cinema!

Coloquei algumas fotos neste link http://www.flickr.com/photos/43293802@N06/ mas confesso que nenhuma delas espelha o que realmente se vê!

Mas nem tudo são rosas, o que era suposto ver no parque da Quissama eram elefantes, girafas, jacarés mas, não sei porquê, normalmente esses animais desaparecem sempre quando vão lá turistas como nós! Vimos uns bambis, uns gnus e umas águias mas o fim-de-semana valeu muito mais pelas paisagens.

Tal como a mulher do filme, estou cada vez mais apaixonado pelos sítios paradisíacos que aqui há e pela gente que é extremamente simpática e acolhe espectacularmente bem...espero é não conhecer nenhum "caçador branco"!!!

"Essa tarrachinha é muito soft, até eu dançava isso!"

Hoje vou ter a minha primeira aula de "Semba" (dança tradicional angolana muito parecida com o Kizomba).

Para não parecer um pé de chumbo, andei a pesquisar alguns vídeos sobre danças angolanas na internet (devagarinho, mas consegui!).

Foi então que descobri este vídeo:

• http://www.youtube.com/watch?v=n5qflpmA7Dc&feature=related

Claro que tinha que comentar este vídeo com as minhas colegas africanas, "Vladmira, aqui a dança é muito agressiva!", ao que ela respondeu "Mostra lá isso!"... Lá carreguei o site no PC (foram só mais 5 minutos) e, qual o meu espanto quando ela responde "Isso, agressivo?!!! Estás a brincar, essa tarrachinha é muito soft, até eu dançava isso...tens mesmo que ir a Benguela!"

Ora pois, aqui pelos vistos há 3 tipos de tarrachinha:

1. A Soft (a do vídeo em cima);
2. A de Luanda (Esfrega-esfrega dos dois lados); e
3. A de Benguela (O homem pode muito bem estar quietinho que a "moça" faz a festa toda)

Bem, vamos lá ver como corre a primeira aula! :)

A importância de uma moeda única...

Bem, não podia ter um blogue sobre Angola e não escrever um post sobre a famosa Kwanza!

Para começar, na altura que escrevo, posso dizer que €1, equivale a $1,47 e a 127 Kwanzas, por isso como devem perceber, andamos sempre com um calhamaço de notas no bolso digno de qualquer barão da droga.

No nosso caso é mais jogador do monopólio, como somos alguns e às vezes pagámos coisas uns aos outros andamos sempre com a mesma conversa, "eu devo-te 5345 kw do jantar", "deves-me 2350 kw do supermercado", etc, etc, etc.

Mas o que é mais caricato aqui é que em todo o lado o câmbio varia. Normalmente é nos bons restaurantes que mais valorizam o dólar - também é lá que nos levam mais dinheiro - valorizam o dólar mas "roubam-nos" no preço do prato!

A situação mais estranha foi mesmo no hipermercado "shoprite", tinham-nos dito que era mais baratinho, não nos disseram é que tínhamos que pagar em Kwanzas, por isso entramos lá com cerca de $100 (achámos mesmo que dava para pagar a conta...). Tal não é o nosso espanto quando chegámos à caixa e o câmbio de 9000 kw foi feito para $8400!!!! Eu disse com um sorriso na cara, "não pode ser, acho que está enganada" o preço desceu para os $8000 mas daí não passou, chamou-se o gerente e tudo, nós estávamos mesmo a causar problemas e a justificação da funcionária foi que "estas pessoas não aceitam o meu câmbio"!!!

Lá tivemos que arranjar Kwanzas! Este país é LINDO!!!!

Ao fim de duas semanas, finalmente fotos!!!

Pois é, tenho colocado no blog muitas histórias, algumas caricatas mas fotos nem vê-las, por isso aqui vai a primeira dose, que relata o nosso dia de hoje:

• http://www.flickr.com/photos/43293802@N06/

O primeiro comentário vai mesmo para a Joana...viste como o Fernando gosta de praia? Estamos é com um belo de um escaldão!

Bem, hoje foi um dia interessante, o passeio deu mesmo para desanuviar do "stress cosmopolita" de Luanda. É bom perceber que há sítios lindíssimos, paisagens naturais que ainda não sofreram grandes alterações pela mão do homem mas, principalmente, é bom saber que há um escape desta vida claustrofóbica a 20 minutos daqui!

Posso-vos dizer que a colecção de vistos de coisas que sabia que ia ver não pára, hoje os nomeados são:

• Comentário de polícias militares - "Tenham cuidado que aí há minas!";
• Lixo de 2 em 2 metros - numa fila de trânsito, do carro da frente, sairam 4/5 latas de cerveja para o meio da estrada;
• Discussões de gajos podres de bêbados na rua que ia dando em porrada;
• O passeio é a fila de BUS para os candongueiros; e
• Um homem todo esventrado a sangrar no passeio com pessoas a assistir à sua morte!